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GOVERNO JK E O PLANO DE METAS
1. INTRODUÇÃO Até a República Velha a política de exportações era o motor da economia brasileira. A renda gerada neste período dependia basicamente do volume de commodities exportadas, principalmente o café. Para que houvesse um bom andamento da economia brasileira precisava-se então de boas condições de venda do café no mercado internacional, sendo o preço a variável-chave do mercado. O mercado fornecedor de café não era totalmente controlado pelo Brasil, mesmo este sendo o principal produtor desta commodity. A demanda pelo café dependia principalmente do crescimento mundial, ou seja, crescia em momentos de prosperidade econômica e retraia-se quando os países ocidentais (especialmente EUA e Inglaterra) entravam em crise. As condições do mercado internacional de café tendiam a piorar haja vista do crescimento da produção no Brasil. Nas primeiras décadas do Séc. XX, o governo instituiu algumas medidas visando reduzir a quantidade produzida. No entanto estas medidas não surtiram o efeito desejado e acabaram por aumentar a quantidade de café produzido no país. Com a crise mundial de 1929 os preços caíram drasticamente fazendo o governo intervir na economia comprando o excedente e queimando-o. A crise de 1930 foi o marco para a concretização da industrialização brasileira. A economia brasileira, por estar basicamente dependente do mercado internacional, se viu sem meios de postergar a sua sobrevivência. A partir deste momento foi iniciado o Processo de Substituição das Importações (PSI), tendo a industrialização como meta prioritária para desenvolvimento da economia. Para tanto, o PSI buscava um industrialização voltada "para dentro", ou seja, visando atender o mercado interno. O objetivo deste artigo é fazer uma análise das variáveis macroeconômicas no primeiro qüinqüênio dos anos 50 do Séc. XX destacando, como ponto central, os caminhos macroeconômicos delineados, ou seja, mostrar se as políticas adotadas foram um ajuste econômico de

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