Bases biológicas da hereditariedade

1. O Experimento de Mendel: a Ervilha
As bases da transmissão da herança baseiam-se nos experimentos realizados por Mendel.
Esse pesquisador trabalhou com a espécie Pisum sativum (ervilha). Essa planta tem como característica importante a presença, na flor, de uma corola fechada, que deixa isolados, do meio exterior, os órgãos reprodutores feminino (gineceu) e masculinos (estames). Assim, quando a flor se reproduz, ocorre naturalmente uma autofecundação, isto é, as células sexuais femininas são fecundadas pelas células sexuais masculinas da mesma flor. Isso leva a planta a uma pureza de caracteres. Além disso, a ervilha é uma planta fácil de cultivar e seu ciclo reprodutivo é curto, obtendo-se grande número de gerações em pequeno intervalo de tempo.
A ervilha é uma planta da família das leguminosas, podendo ter porte alto ou baixo. Suas flores podem ser coloridas ou brancas, podendo dispor-se na extremidade do caule e ao longo do eixo caulinar.
Da fecundação das flores formam-se frutos, do tipo vagem, que podem ser inflados ou achatados, contendo dentro sementes, amarelas ou verdes, que podem ter a superfície lisa ou rugosa.
Em seus experimentos Mendel trabalhou com várias características da planta.
Uma das experiências feitas por Mendel foi o cruzamento de uma variedade de ervilhas que produziam sementes amarelas com outra variedade da mesma espécie que produz sementes verdes.
Como a corola das flores é fechada, antes de sua maturação, Mendel cortava os estames de uma delas. Quando elas amadureciam, ele retirava o pólen da outra e o colocava no estigma (extremidade do gineceu) daquela que ficou sem os estames.

Figura 1: experiência de Mendel.
Após a fecundação, Mendel notava que as sementes eram todas amarelas.
Mendel plantou as sementes obtidas. Após a germinação, essas sementes produziram novas plantas com novas flores. Agora, deixou que as flores se autofecundassem.
Após a germinação, essas plantas produziram frutos com sementes