barão do rio branco
No período em que Barão do Rio Branco foi ministro, a aproximação com os Estados Unidos foi fundamental na medida em que interessava às oligarquias nacionais e a Doutrina Monroe representava um elemento de defesa do continente. As ameaças europeias de uma possível recolonização levou o Brasil a adotar uma postura diferente de seus vizinhos com relação a divida externa devida aos Estados Unidos.
Embora, originalmente a Doutrina Monroe tivesse sido concebida como um mecanismo de proteção, foi usada como justificativa para sancionar intervenções em países latino-americanos. De acordo com essa nova versão da Doutrina, cabia aos Estados Unidos dirigir, proteger os Estados que não tivessem força o bastante para se defenderem.
Rio Branco não desaprovava a posição dos Estados Unidos de “polícia internacional” e assim, o Brasil passou a ser visto como o país que assumiria a defesa da Doutrina Monroe na América do Sul. A fim de evitar conflitos, no discurso de abertura da III Conferência Internacional Rio Branco elogiou a Europa, colocando um fim aos questionamentos quanto a um possível imperialismo a ser promovido pelos EUA com a ajuda brasileira.
A capacidade que os Estados Unidos tinham de redistribuir poder no sistema internacional e de influenciar os países do próprio continente era claramente percebida pelo ministro, Barão do Rio Branco. Sendo assim, a amizade entre Brasil e Estados Unidos dava àquele a capacidade de agir com maior desembaraço com os vizinhos.
De acordo com Joaquim Nabuco, os Estados Unidos guiavam o desenvolvimento de um continente neutro e pacífico e Rio Branco ainda complementava essa ideia afirmando que o caráter defensivo da Doutrina Monroe permitiria o