Barroco e rococó em pernambuco
Até a chegada dos holandeses a Pernambuco (1630), as igrejas permaneciam, pelo menos em seu aspecto exterior, com as mesmas características do século XVI – frontão triangular suportado por um entablamento clássico e este, por sua vez, suportado por cunhais de pedra a guisa de colunas dóricas, com uma composição formada por óculo, duas janelas e uma porta – o que leva, a princípio, à constatação de que o barroco não foi utilizado até a época posterior à saída dos holandeses do território brasileiro (1654).
A partir de 1654, com a retomada de Pernambuco, iniciaram-se as reconstruções e reformas das igrejas destruídas e saqueadas pelos holandeses e a construção de novos templos. A maioria das igrejas construídas antes do período holandês foi remodelada ao final do século XVII e ao longo do século XVIII de acordo com a estética barroca. Todavia, a igrejas de Nossa Senhora do Desterro, ao lado do convento de Santa Teresa, em Olinda, e a de Nossa Senhora do Pilar, em Recife, ambas erguidas no final do século XVII, mantiveram a feição quinhentista.
Sepúlveda, S. Pedro pontífice, S. Pedro dos
Clérigos, Recife
É importante salientar que as igrejas levaram décadas para serem construídas, como foram os casos da basílica de Nossa Senhora do Carmo (1687-1767) e da concatedral de São Pedro dos Clérigos (1728-1782), incorporando modificações sucessivas de estilo ao partirem de um barroco mais primitivo, simultaneamente alcançando resultados mais rebuscados dentro do que se denominou barroco-rococó. Este estilo, introduzido inicialmente em Olinda e no Recife, foi aos poucos levado para