Tratado de nao proliferacao
Com o término da Segunda Guerra Mundial, a expectativa de paz não poderia ter sido menor. As tensões entre Estados Unidos e Rússia criaram raízes desde antes do fim da guerra para a qual, ambas se aliaram em função de um interesse maior, dispostas a derrotar um inimigo que assolava a Europa.
As tendências expansionistas e o comunismo forçado ao leste da Europa por Stalin, junto as tendências imperialistas e hegemônicas americanas, levaram ambas as potências a uma busca por maiores zonas de influência e tecnologia militar. Ambos, Estados Unidos e União Soviética, desejavam garantir a própria segurança no mundo do pós-guerra, o Plano Marshall por parte dos americanos e o teste de uma bomba atômica nuclear russa, podem não ter sido o começo do que seria uma guerra sem ataques diretos, mas foram marcos importantes para a resposta de ambas as partes que viriam a seguir.
A resposta americana ao teste nuclear russo, foi posicionar mísseis em pontos estratégicos como na Itália, Grã-Bretanha e extremamente próxima do território russo, a Turquia. O míssil americano na Turquia é apenas uma das primeiras raízes da crise que abalou o mundo: a crise dos mísseis em Cuba.
Com o fim da Revolução Cubana, a lógica do mundo bipolar logo se fez presente e em seguida, tivemos a instalação de mísseis soviéticos na Ilha Caribenha. A dificuldade em canais de comunicação direta quase levou ambas as potências a se destruírem e levar junto, o resto do mundo.
O medo da guerra e o medo que outros países obtivessem tal tecnologia destrutiva, levou a criação de um tratado que logo foi reconhecido e assinado por 60 países em 1968, entrando em vigor no ano de 1970. O TNP, Tratado de Não Proliferação Nuclear, não apenas servia para que países assumissem o compromisso de não desenvolver programas nucleares, como também servia para que potências que já obtinham tal tecnologia não a divulgassem para tais países. A estabilidade passa a ser uma prioridade que se estende até os dias atuais.