BARROCO E ROCOCÓ
1. Seqüência 01
2. Revista
3. Historia da arquitetura
4. Barroco e Rococó
IDENTIFICAÇÃO DA BASE
1. Iphan
2. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
3. Revista do Iphan
4. Brasília 2001
5. 29° edição
IDENTICAÇÃO DA PARTE
1. Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira
2. Barroco e Rococó na arquitetura religiosa da segunda metade do século 18
3. -------
4. Tipo de texto - historia
5. Pagina. 145-169
As igrejas possuem conceitos estilísticos de Maneirismo, Barroco e Rococó fixados pela historiografia internacional. No universo latino-americano, as igrejas coloniais são geralmente reconhecidas como as de influência européia mais sensível, fato que se explica em parte por não terem os portugueses encontrados no lado ocidental da América do Sul tradições autóctones de construções permanentes.
A presença de complementos arquitetônicos importados da metrópole reforça sem dúvida o caráter mais luso da arquitetura colonial de cidades portuárias litorâneas, como Recife, Salvador ou Rio de Janeiro, se o compararmos com o de Minas Gerais, condicionado ao uso de materiais locais pela dificuldade do transporte, fato que acabou constituindo um dos fatores de originalidade da arquitetura da região.
O tema da originalidade do Barroco Mineiro, visto como marco inicial de uma identidade artística nacional elabora na região mineira, é um dos conceitos que nunca foram questionados na nossa historiografia artística, apesar de seu evidente anacronismo.
O desenvolvimento dos estudos de historia da arte no panorama internacional e em Portugal já demonstrou que aspectos essenciais da originalidade arquitetônica das igrejas de Minas Gerais, como a elegância sinuosa das fachadas, o desenho dos bulbos ornamentais das torres e os temas decorativos das portadas escultóricas, pertencem na realidade a outro estilo, o Rococó, reconhecido nos dias atuais como independente do Barroco e não situado em sua linha evolutiva.