barroco e rococo
Escola Superior de Desenvolvimento Social e Comunitário
Barroco e Rococó
A Imaginária, a talha dourada e a pintura
Índice
Introdução
O Norte de Portugal, a partir de meados do século XVII e ao longo do século XVIII, apresenta particularidades específicas que lhe conferem um perfil evolutivo de grande interesse. O primeiro dado a mencionar é a maior importância da escultura, intimamente ligada à talha, em relação à pintura da mesma época. O reinado de D. João V (1706 - 1750) o chamado "gosto moderno" do barroco romano, e aderindo na segunda metade do século XVIII às influências francesa e alemã de um rococó requintado. O espirito do Barroco correspondeu a um tempo em que homens e mulheres, movendo-se como actores, representaram a sua própria vida no palco que é o mundo. Está metáfora percorreu todo o barroco desde finais do século XVI até á fase final, já no seculo XVIII.
Foi uma época de contradições em que ser e parecer, luxo e simplicidade, poder e impotência se mantiveram como constantes antagónicas. Sendo mais do que um estilo, o Barroco traduziu, nunca mundo abalado por conflitos sociais e religiosos e todo o tipo de guerras, as convulsões do seu tempo.
A encenação levada a cabo por reis ou por papas nos seus actos públicos constituía, já por si, um programa politico onde o cerimonial e a etiqueta funcionavam como um reflexo de uma ordem superior, como se fosse determinada por Deus. Todas as formas de arte se destinavam a uma dupla função – fascinar pelos sentidos e veicular uma forte mensagem ideológica. Nas cerimónias religiosas, á pompa e ao esplendor contrapôs-se um profundo sentido de fé e crença religiosa, e ao prazer dos sentidos a consciência objectiva da morte. Assim a arte barroca dirigiu-se ao grande público, destinando-se a convencer e a estimular as emoções pelo movimento curvilíneo, real ou aparente, das suas formas, pelos