Barroco - Resumo de Gregório de Matos
Principal poeta do barroco brasileiro nasceu em Salvador (1633) e morreu em Recife (1696). É o poeta satírico mais importante da literatura tipicamente do Brasil no período colonial, ficou conhecido como “Boca do Inferno” devido sua forma irreverente de se expressar e criticar a sociedade de seu tempo.
Suas obras são divididas em três vertentes: Poesia lírica, sacra e satírica.
Em suas poesias líricas, o autor por grande influência camoniana enaltece a figura feminina (a mulher é um misto de anjo idealizado e demônio sedutor) e aborda temas do desconcerto do mundo. Em alguns de seus poemas são apresentados situações de aspectos eróticos e pornográficos, também caracterizando sua lírica.
“Não vi em minha vida a formosura,
Ouvia falar nela cada dia,
E ouvida me incitava, e me movia
A querer ver tão bela arquitetura.”
(Pondera agora com mais atenção a formosura de D. Ângela. por Gregório de Matos Guerra)
As poesias sacras são caracterizadas pelo intenso sentimento de culpa associado a sua condição de pecador (conflito entre prazer e virtude), porém por essa mesma condição de pecador, espera ser salvo. Em alguns de versos, mostra-se arrogante diante de Deus, exemplificando trechos bíblicos como forma defesa para perdoá-lo.
“Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,
Da vossa piedade me despido,
Porque quanto mais tenho delinquido,
Vós tenho a perdoar mais empenhado.”
(A Jesus Cristo Nosso Senhor por Gregório de Matos Guerra)
Já nas poesias satíricas, por algumas pessoas são as que mais se destacam. Com um vocabulário popular e humor literário incomparável, Gregório faz muitas críticas e deboches tanto ao governo baiano quanto a mestiços, mulatos, nobreza, clero entre outros, uma verdadeira metralhadora giratória. Não atoa, foi degredado do país por um determinado tempo.
“Triste Bahia! ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mim empenhado,