Barroco - Música
Parcial 1º trimestre
Contexto: Barroco
Contraste, dicotomia, fé x razão. “Barroco é o claro-escuro da cultura”
Na música, o termo é indicado para designar o período que vai do aparecimento da ópera (“Orfeo”, de Monteverdi, 1607) e do oratório até a morte de J.S. Bach (1750). É considerada uma das épocas musicais mais longas, fecundas, revolucionárias e importantes de música ocidental, e provavelmente, também, a mais influente.
Entre as características mais importantes do período estão o uso do baixo contínuo, do contraponto e da harmonia tonal, em oposição aos modos gregorianos até então vigente.
De início, ocorre a retomada de tessituras mais leves e homofônicas, com a melodia apoiada em acordes simples. As tessituras polifônicas entretanto logo retornam. Segundo Carpeux (2001), esse inicial retorno à simplicidade traz em si algo aparentemente paradoxal.
“Pensando nas artes plásticas e na literatura do Barroco, podemos esperar de sua música as mais ricas complexidades polifônicas e a expressão de uma religiosidade mística. Mas então os fatos nos decepcionam totalmente. O gênero predominante do século XVII não tem nada que ver com religiosidade mística: é a ópera. E em vez das complicações polifônicas, espera-nos canto do solista, a homofonia, a ária.”
São característicos os contrastes de timbres instrumentais (principalmente nos concertos), de poucos instrumentos contra muitos, e de sonoridades fortes com suaves (a dinâmica de patamares, por vezes efeitos de eco). Assim, uma das características fortes do período é o contraste.
Nesse período a instrumentação atinge sua primeira maturidade e grande florescimento. Pela primeira vez surgem gêneros musicais puramente instrumentais, como a suíte e o concerto. Nesta época, surge também o virtuosismo, que explora ao máximo o instrumento musical.
O baixo contínuo consiste numa linha de baixo que, podendo ou não ser figurada, evidencia ao executante a harmonia a ser executada (e