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Para Barton & Barton, o estudo da filosofia moral consiste em questiona-se o que é correto ou incorreto, o que é uma virtude ou uma maldade nas condutas humanas. A moralidade é sistema de valores, do qual resultam em normas que são consideradas corretas por uma determinada sociedade, como por exemplo, os Dez mandamentos, os código Civil e Penal. Em 1978, duzentos anos atrás, Kant lançava com as suas criticas da razão pratica, reassentando a questão da moralidade em novas bases. Reinterpretando a filosofia da ilustração, a sociologia clássica debateu essa questão sob o ângulo da normatividade e regularidade do comportamento social, em quanto a sociologia moderna focalizo-a de duas formas distintas: a sistemática e a do mundo vivido. O debate contemporâneo sobre o casamento gay é um fenômeno privilegiado para a compreensão do lugar atual de gays, lésbicas e transgêneros em nossa sociedade como também do papel da instituição casamento em nossos dias. A discussão evoca um dos temas clássicos da sociologia: a dinâmica da reprodução e da mudança social. A resistência de grupos sociais conservadores em confronto com a luta de grupos organizados pela parceria civil convida a uma análise queer, ou seja, que vá além dos dois lados da questão e investigue o processo em que ambos se inserem moldando-se mutuamente. Analiso a polêmica por meio do mecanismo de resistência e controle da transformação societário conhecido como pânicos morais, aqueles que emergem a partir do medo social com relação às mudanças, especialmente as percebidas como repentinas e, talvez por isso mesmo, ameaçadoras. No caso do casamento gay é necessário reconstituir historicamente o temor com relação a gay se lésbicas que marca a rejeição deste direito que há algumas décadas pareceria um puro e simples paradoxo já que a identidade gay e o casamento eram visto como opostos.