Barragens e Aterros
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
Barragem é definida como um elemento estrutural, construída de modo transversal à direção de escoamento de um curso d’agua, destinando-se a criação de um reservatório artificial de acumulação de água. (CHIOSSI, 1975)
As barragens são obras de engenharias presentes há um longo período na história, sendo a de Saad-El-Katara no Egito construída em 4800 a.C. um dos registros mais antigos que se têm relatos. Inicialmente as barragens eram de terra considerada como homogêneas, pois eram feitas por material transportado manualmente e compactadas através de pisoteamento de animais ou homens, posteriormente estas foram ganhando novos materiais e formas de construção com o avanço da tecnologia e da engenharia, seja pela introdução de núcleos de argila para garantir a estanqueidade das barragens ou o uso de enrocamento, a priori bastante rudimentar realizado apenas com o empilhamento de rochas sem nenhuma compactação e atualmente com o uso de rolos compactadores vibratórios, visto que a não compactação causava recalques bruscos. (MASSAD, 2003)
Os objetivos para a construção de barragens são diversos podendo ser explorados individualmente ou em conjunto, os principais são: aproveitamento hidrelétrico, regularização das vazões do curso d’água para fins de navegação, abastecimento doméstico e industrial de água, controle de inundações, irrigação e fins turísticos e de lazer.
No âmbito da geologia e mecânica dos solos é preciso partir da premissa que as condições jamais se repetem, sendo por isso fundamental estudos geológicos adequados antes de se iniciar projetos e construção de barragens, a fim de se evitar acidentes catastróficos, como o ocorrido em Vayont na Itália em 1963, cujas causas foram problemas relacionados à geologia e não a capacidade de resistência. Segundo Chiossi (1975) caso fosse realizado uma análise com os casos de insucessos de barragens registrados na literatura, se contataria que a causa do problema não