Bantos e sudaneses
Dentre os negros que vieram escravizados para o Brasil, grande parte eram provenientes dos sudaneses e bantos. Sudaneses, dividiam-se em três subgrupos: iorubas, gegês e fanti-ashantis. Esse grupo tinha origem do que hoje é representado pela Nigéria, Daomei e Costa do Ouro e seu destino geralmente era a Bahia.Os sudaneses são descritos como mais altos e corpulentos que os bantos e de nível cultural mais elevado. Desembarcaram principalmente em Salvador, sendo que posteriormente muitos foram levados para trabalhar na extração do ouro em Minas Gerais. Os sudaneses são divididos em dois grupos: - Haúças, mandingas e fulas (islamizados); - Iorubas, nagôs, jejes e fanti-achantis (não islamizados). Bantus, grupo mais numeroso, dividiam-se em dois subgrupos: angola-congoleses e moçambiques. A origem desse grupo estava ligada ao que hoje representa Angola, Zaire e Moçambique (correspondestes ao centro-sul do continente africano) e tinha como destino Maranhão, Pará, Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e São Paulo. São descritos como mais atrasados culturalmente e de feições mais rudes.
O IMPÉRIO AXUM Os colonizadores europeus falavam da África como o continente negro, sem civilização nem história. Contudo, no continente africano existem nações mais antigas que as da Europa, como a Etiópia, que tem as suas origens no império de Axum. Axum (diz-se aksum) fica no Norte da Etiópia e foi do século I ao século VIII a capital de um império comercial marítimo muito forte e um dos maiores Estados do mundo antigo. Os axumitas surgiram 500 anos antes de Cristo da mistura de camitas etíopes com emigrantes sabeus da península arábica. Negociavam marfim, peles e cereais com a África, Arábia e Índia, a partir do porto de Adulis, no mar Vermelho. O império axumita decaiu com o aparecimento do Islão, que lhe barrou o acesso ao mar.
Datação e localização
Axum foi sede de um dos estados mais poderosos da região entre o Império Romano do Oriente e a Pérsia, cujo