bandeirismo
O bandeirismo foi um movimento expansionista desenvolvido pela população de São Paulo de Piratininga deslocando-se para o interior da colônia, durante boa parte do século XVII. Ao lado deste, devem ser destacadas as entradas, outro movimento de penetração de interior, cujas diferenças, em relação ao primeiro, são mais tradicionais do que efetivas: as entradas teriam organização oficial e não ultrapassariam a linha de Tordesilhas, entre outras, ao contrário das bandeiras, que seriam organizadas por particulares e não respeitariam o Tratado de Tordesilhas.
As razões do bandeirismo
Pode-se dizer que a penetração dos bandeirantes a partir de São Paulo, em direção ao Rio Grande do Sul. Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais foi facilitada pelas melhores condições da vegetação, relevo, clima e rios navegáveis, além do fato de os homens de Piratininga estarem livres, no planalto, dos ataques estrangeiros que assolavam o litoral na época.
Antes que terminasse o século XVI, a capitania de São Vicente já estava mergulhada em profunda decadência. O solo pobre das terras litorâneas e o limite imposto pela serra do Mar, além da distância da metrópole, inviabilizaram a economia açucareira. Parte da população vicentina abandonou o litoral, deslocando-se para o planalto de Piratininga.
Dessa forma, isolados no planalto, desprovidos de uma lavoura de porte capaz de atrair os interesses metropolitanos e produzindo uns poucos gêneros, destinados basicamente à subsistência, os bandeirantes foram impulsionados a buscar novas riquezas nos sertões: índios que poderiam ser vendidos como escravos e metais preciosos.
São Paulo na época dos bandeirantes
A vila de São Paulo, no início do século XVII, era bastante pobre e sua população se constituía, na sua maioria, de mamelucos (mistura do branco com o índio). Como era forte a influência indígena, eram homens rudes, que dormiam em redes e se alimentavam à maneira nativa: carne de caça, peixes, frutas e