bandeirismo
O Brasil que conhecemos é muito maior que a parcela de terra destinada aos portugueses pelo Tratado de Tordesilhas.
Muitas foram as atividades que resultaram na ampliação do território brasileiro. Dentre elas vamos analisar o bandeirismo, as missões jesuíticas e a pecuária.
· O Bandeirismo
As Bandeiras eram expedições particulares, que não respeitavam o Tratado de Tordesilhas, e por isso mesmo contribuíram tanto para o processo de interiorização do território. Latifundiários, comerciantes, homens livres em geral, devido à decadência da economia vicentina, saem em “bandos” armados à procura de atividades que lhes proporcionassem lucros.
As principais atividades bandeirantes eram o apresamento indígena, a mineração e o sertanismo por contrato.
Impossibilitados de adquirir escravos negros, os paulistas lançaram-se ao apresamento de índios. Na verdade, o uso do trabalho escravo era objetivo comum dos colonos portugueses. Tanto os índios, "os negros da terra", usados pelos paulistas, como os negros africanos de que se valiam os senhores de engenho do Nordeste, significavam mão de obra escrava. Sem ela os colonos não conseguiriam produzir, nem "se sustentar na terra".
Pelos rios, principalmente os da bacia do Tietê, as bandeiras alcançaram o interior habitado pelos nativos, chegando aos atuais Estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e às regiões onde se localizavam as aldeias jesuíticas.
Inicialmente o índio era capturado próximo à vila, sendo usado como força de trabalho nas plantações e na defesa da localidade, ameaçada pelo ataque de tribos inimigas. À medida que os paulistas precisaram obter maior número de cativos para negociá-los a outras capitanias, os índios fugiram, obrigando-os a ir cada vez mais longe.
Ainda no século XVI, os vicentinos descobriram ouro de lavagem na própria capitania de São Vicente e, explorando o litoral sul, alcançaram os atuais Estados do