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Arquitetura Bandeirista
Este relatório aborda a conformação da casa bandeirista e o modo como esta reflete a época e modo de vida nos quais foi concebida.
O bandeirismo estabeleceu-se em meados do século XVII, as instalações bandeiristas, no entanto, ocuparam uma parte reduzida do território paulista já que o poder era medido pela posse de índios e não pela posse de terras o que conferia certo caráter militar a esse sistema, além disso, o bandeirismo contrariava a tendência colona a urbanização retornando a um regime rural. Uma outra característica importante do bandeirismo é a presença do mestiço, do mameluco.
O ciclo bandeirista adquiriu autonomia com relação às demais áreas da colônia e possibilitou a desvinculação do poder ultramarino e certa imunidade às ordens da Coroa, já que foi alcançada uma produção de subsistência capaz de suprir as necessidades do desenvolvimento desse sistema, por isso a habitação bandeirista apresenta uma conformação tão diferente da verificada nos demais ciclos da economia colonial: açúcar, gado café.
A habitação bandeirista mantinha uma relação muito próxima com a economia, o estilo de vida e a função da classe dominante que dela fazia uso. Por ser um estilo de vida tão peculiar que desapareceu sem deixar possibilidade de evoluir para outro, muitas construções foram conservadas o que permite um estudo mais aprofundado de sua configuração.
Existe uma procedência ibérica incontestável nos projetos de casas bandeiristas, estas, no entanto apresentam algumas características muito específicas, inclusive diferenciam-se entre si conforme a fase do Bandeirismo à qual pertencem, o que lhes confere caráter regional. Isto se deve em parte, ao fato do bandeirismo não necessitar de uma proximidade com os compromissos de trabalho mostrando-se auto-suficiente, o que possibilitou à habitação bandeirista uma fórmula fechada, uma atenção maior ao projeto, permitindo que este refletisse e