Banco HSBC espiona funcionários Brasileiros
Segundo nota no MPT, documentos provam que, entre 1999 e 2003, o banco HSBC contratou o Centro de Inteligência Empresarial (CIE) para realizar investigações privadas, justificadas pelo alto número de trabalhadores afastados por motivo de saúde. Em ação paralela, cuja decisão foi proferida em outubro de 2013, o HSBC havia sido condenado pelo Tribunal Superior do Trabalho a pagar R$ 500 mil por não emitir Comunicação de Acidente ao Trabalho e dispensar empregados diagnosticados ou com suspeita de Ler/Dort (lesões causados por esforços repetitivos). O juiz Felipe Calvet, da 8ª Vara do Trabalho de Curitiba condenou o banco a pagar indenização por danos morais no valor de R$ 67,5 milhões de reais. A sentença decorre de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho no Paraná e proíbe o banco a realizar investigações ou qualquer outro ato que viole o lar, a intimidade ou a vida privada de seus empregados, sob pena de pagamento de multa de R$ 1 milhão de reais por investigação. Os trabalhadores ainda podem entrar na justiça para obter indenizações individuais. A acusação foi feita pelo Sindicato de Empregados em Estabelecimentos Bancários de Curitiba e Região e Federação dos Trabalhadores em Empresas de Créditos do Paraná. Para espionar os trabalhadores, o CIE abordava os empregados usando disfarces como de entregador de flores, carteiros e de pesquisador, seguiam os funcionários pela cidade, filmavam e fotografavam residências e mexiam em seus lixos. O Sindicato desconhece que algum funcionário tenha sido legalmente denunciado ao INSS por fraude no benefício, mas há casos em que colaboradores teriam passado a sofrer represálias ao voltar ás atividades ou teriam sido demitidos após o fim da licença. O HSBC afirma que não comenta o caso porque a decisão foi em primeira instância. Os dossiês mostravam horários de saída de casa, destino, meio de transporte, hábitos de consumo e informações sobre cônjuges e