Bambucreto

A necessidade de repensar o uso de materiais na construção para torná-la mais sustentável atrai olhares para a exploração de novas alternativas. As construções a partir de materiais industrializados produzem ainda enormes quantidades de entulhos, que são difíceis de serem de serem reincorporados na natureza. Diante disso, o bambu, nome que se dá às plantas da subfamília Bambusoideae, surge como uma importante alternativa construtiva, visto que se trata de um material facilmente renovável pela natureza, de crescimento rápido e baixo custo, considerado a madeira dos pobres, tem uma grande disponibilidade, fácil aquisição, unido ao concreto forma-se o “bambucreto”, além de possuir reduzido consumo energético para sua produção e despontar como o maior consumidor de gás carbônico do reino vegetal. O bambu não é madeira. Pode-se definir como uma grama gigante, onde o seu crescimento é para cima, somente. Esse crescimento ocorre de maneira diferente das árvores. Podendo ser comparado a um telescópio, onde os colmos saem da terra com diâmetro e número de nós definidos e, em menos de 1 ano, atinge a altura máxima. Após o primeiro ano, os colmos vão amadurecendo, isto é, vão mudando suas características internas, tornando-se mais resistentes. A sua utilização tem alta produtividade, as propriedades mecânicas são influenciadas por vários fatores, ausência de norma norteadora, porém não resiste bem ao cisalhamento.
Suas propriedades estéticas são diferentes dos outros materiais convencionais. A utilização de materiais renováveis se torna imprescindível para que um projeto arquitetônico se tipifique como sustentável, por isso se tem a ideia de desenvolver um material que seja um misto composto de bambu e concreto, adquirindo s vantagens de obter os dois materiais num só elemento.

A combinação do bambu no lugar do aço na construção civil resulta em um material higroscópico (absorve água), por isso para seu uso faz o tratamento desse bambu para aumentar sua aderência.