Balanço Socioeconômico do Brasil durante os governos militares(1954-1985)
A instabilidade política, com a renúncia de Jânio Quadros em agosto de 1961 e a posse de João Goulart, somada aos altos índices de inflação e estagnação do crescimento econômico, compuseram o caldo de cultura que alimentou o Golpe de Estado de 1964. O primeiro presidente do regime militar foi o marechal Humberto de Alencar Castello Branco, que ficou no poder de 15 de abril de 1964 a15 de março de 1967. A prioridade de Castello Branco foi o ajuste das contas públicas e o controle da inflação, que chegava a 80% ao ano. O diagnóstico da inflação feito pelos ministros da área econômica tinha clara orientação monetarista.
O excesso de déficit público e os reajustes salariais concedidos pelo governo anterior eram identificados como as principais causas do aumento dos preços. Para combater a inflação, o PAEG propôs um programa de ajuste fiscal rigoroso, com aumento das receitas e redução das despesas públicas e um controle rígido de emissão de moeda. Quanto às reformas estruturais, o governo realizou profundas mudanças nos sistemas tributário, financeiro, trabalhista e previdenciário do país, criando medidas. Todas essas medidas contribuíram para um aumento expressivo da arrecadação tributária no país, que passou de 16% do PIB em 1963 para 21% em 1967. A reforma do sistema financeiro foi baseada na legislação norte-americana, que criou o sistema de instituições especializadas, ou seja, um tipo de instituição para cada tipo de atividade financeira. Durante o governo Castello Branco, o PIB cresceu a uma média anual de 4,2% e a inflação, no final do mandato, ficou em torno de 40%.
O período de grande crescimento da economia brasileira, também chamado de Milagre Econômico Brasileiro, começou no governo Arthur da Costa e Silva, que vai de 15de março de 1967 a31 de agosto de 1969, A inflação,medida pelo índice geral de preços – IGP –,foi de 257% ou média anual de 19,93%. No mesmo período, o PIB mundial cresceu