Baladas
Já aderiram ao poder de sedução das superfestas montadoras como a Audi e grifes de roupas como a Triton, criadora do Spotlight, circuito em lugares seletos onde só entram famosos e abonados. As grandes baladeiras são as empresas de bebidas, como a Skol e a Coca-Cola, os fabricantes e as operadoras de celulares, como a finlandesa Nokia, a americana Motorola, a italiana Tim e a Vivo, de capital português e espanhol. Essas empresas criaram, nos últimos tempos, os maiores eventos do país, nos quais oferecem atrações cobiçadas e cobram o ingresso de quem quer vê-las. A entrada para um único show do Tim Festival, por exemplo, chega a custar 150 reais.
Todas essas companhias estão de olho nos jovens por um motivo essencial -- o enorme potencial de consumo que eles representam. Segundo pesquisa realizada pela Ipsos-Marplan, 63% da população de 18 a 24 anos faz compras em shoppings, 41% freqüenta bares, 38% vai a danceterias e 32% gosta de shows. Não é por acaso que as empresas de telefonia móvel são grandes organizadoras desses eventos. Os menores de 25 anos já respondem por um quarto das vendas de celulares no país e o mercado ainda tem muito para crescer. Quase 60% dos jovens brasileiros ainda não têm um aparelho, e boa parte deles deseja comprar um. Se forem analisados aqueles com maior poder aquisitivo, como os