Baixa Visão
Muitas vezes confundida com cegueira, a visão subnormal pode ser atenuada não apenas com recursos como sistemas de magnificação, mas principalmente com um ambiente que favoreça sua aceitação.
É importante frisar: baixa visão, também conhecida como visão subnormal, não é cegueira. “Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem 45 milhões de cegos e 135 milhões de portadores de baixa visão no mundo”, diz Marcos Sampaio, coordenador do serviço de visão subnormal do Hospital das Clínicas. “Cego para a OMS é quem tem acuidade visual inferior a 20/400. Quem tem visão subnormal está entre 20/60 e 20/400.” Segundo o padrão, alguém que enxerga perfeitamente tem 20/20 de visão. A baixa visão começa aos 20/60, ou seja, uma visão pelo menos três vezes pior do que a normal.
1 ETIOLOGIA
As causas da baixa visão podem ser divididas em dois grandes grupos: infância e idade adulta. “Em idosos, a principal causa é a degeneração macular relacionada à idade, que afeta a visão central, seguida da retinopatia diabética. A terceira causa mais comum é o glaucoma, que leva à perda da visão periférica”, explica Sampaio.
Segundo Maria Aparecida Onuki Haddad, médica colaboradora do serviço de visão subnormal da clínica oftalmológica do HC e oftalmologista da Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual, a previsão é de que a porcentagem de idosos com visão subnormal aumente, tanto em países desenvolvidos quanto em subdesenvolvidos – uma decorrência do aumento da expectativa de vida. Sampaio acrescenta que estatísticas feitas na Europa e nos EUA mostram que a condição afeta 6% da população que tem 65 anos de idade, número que sobe para 20% na população a partir de 85 anos.
Em crianças, as causas são bem diferentes. “As razões mais comuns para baixa visão na infância são a coriorretinite macular (perda da visão central), catarata congênita (visão difusa), retinopatia da prematuridade e doenças degenerativas da retina, chamadas distrofias retinianas”,