Bacterias aerobicas
Bactérias Anaeróbias – Parte I
Aspectos gerais das infecções por bactérias anaeróbias. Diagnóstico laboratorial das infecções por bactérias anaeróbias.
Aula dada por: Prof. Acácio Rodrigues. 7 de Novembro de 2006
Bactérias:
- Aeróbias obrigatórias: exigem O2 como aceitador terminal de electrões
- Aeróbias facultativas: crescem em aerobiose e são capazes de obter energia pela fermentação de compostos orgânicos. Existe todo um espectro contínuo de capacidades de tolerar O2 que vai desde o extremo do aeróbio obrigatório até ao anaeróbio estrito.
- Anaeróbias obrigatórias/estritas: não são capazes de fixar O2 e este é francamente inibidor do seu crescimento. Podem ser classificadas em:
- extremamente sensíveis: as “verdadeiras” anaeróbias estritas, porque não toleram concentrações de O2 > 0,5% por mais que uns minutos
- moderadamente sensíveis: toleram concentração de O2 até 2-8%. Podem não se conseguir multiplicar na presença de O2, mas, pelo menos, não morrem. Toleram estes níveis cerca de 15 a 20 minutos.
(No entanto, o professor não faz grande questão nesta distinção. No exame podemos considerálas a todas como “anaeróbias obrigatórias/estritas”.)
Os tais anaeróbios obrigatórios estritos, os extremamente sensíveis, são tipicamente membros das nossas populações microbianas normais – isto é um aspecto muito importante. Os moderadamente sensíveis são os principais agentes de infecções humanas, o que é lógico: têm uma maior capacidade de adaptação, tolerando por um certo período de tempo eventuais concentrações de O2 que estejam presentes.
E porque motivo é o O2 é tóxico para estas bactérias?
O O2 é tóxico para qualquer célula viva, quer seja procariótica ou eucariótica. Por exemplo, se se ventilar um pulmão humano a uma concentração de O2 de 100% durante algumas horas, durante alguns dias, ele ficará totalmente fibrosado. Porquê? O O2 gera radicais que são