bacharelado
A construção do projeto ético-PolÍtico no marco do Serviço Social no Brasil não é tão recente assim, iniciada na transição da década de 1970 à de 1980. Este período marca um momento importante no desenvolvimento do Serviço Social no Brasil,especialmente pelo enfrentamento e pela denuncia do conservadorismo profissional. É neste processo de recusa e crítica que se encontra as raízes de um projeto, a base do projeto ético- político. Começa a partir desta recusa e crítica se ampliarem as visões destes profissionais num todo, coletivamente visando em primeiro lugar o bem estar do cidadão, da classe trabalhadora. Por isto mesmo, nos projetos societários há necessariamente uma dimensão política, que envolve relações de poder. É claro que esta dimensão não pode ser diretamente identificada com posicionamentos partidários, ainda que se considere que os partidos políticos sejam instituições indispensáveis e insubstituíveis para a organização democrática da vida social no capitalismo contemporâneo. Todavia, também a experiência histórica demonstrou que, na ordem do capital, por razões econômico-sociais e culturais, mesmo num quadro de democracia política, os projetos societários que respondem aos interesses das classes trabalhadoras e subalternas sempre dispõem de condições menos favoráveis para enfrentar os projetos das classes proprietárias e politicamente dominantes. Projetos criados para regulamentar, e consolidar a profissão de Serviço Social no Brasil, fortalecendo a classe procurando unificá-la com um mesmo propósito, Tais projetos são construídos por um sujeito coletivo – o respectivo corpo (ou categoria) profissional, que inclui não apenas os profissionais “de campo” ou “da prática”, mas que deve ser pensado como o conjunto dos membros que dão efetividade à profissão. É através da sua organização (envolvendo os profissionais, as instituições