Bacharel em Psicologia
Bianca dos Santos Scheifer
Atualmente vivenciamos momentos de exclusão social, resultando assim em multidões tratadas como objetos descartáveis e sem valor, sendo enviadas a comunidades marginais e zonas rurais, para ali serem esquecidos.
A Economia Solidária nega o Capitalismo, que se liga a separação entre trabalho e a posse dos meios de produção, para trabalhar e desenvolver geração de renda com justiça social e responsabilidade ambiental.
Esta proposta não considera somente lucros e benefício de poucos como no Capitalismo, mas traz uma dinâmica onde a renda permanece na “rede” (comunidade local) e o lucro sobre o produto é justa.
Hoje em dia podemos perceber que a Economia Solidária vem sendo uma das opções escolhidas por movimentos sociais e importantes entidades e partidos políticos, sendo adotada por municípios e governos estaduais (SINGER, 2001). Essa apropriação e prática da Economia Solidária traz uma possibilidade de enfrentamento a exclusão social e a visão que desumana dos colaboradores e participantes do sistema.
“A psicologia tem, no que se refere ao trabalho, grandes possibilidades de atuação, sendo de significativa importância na medida em que possibilita resgatar, escutar as experiências dos trabalhadores, seus sofrimentos, seu dia-a-dia dentro deste contexto excludente do mundo globalizado” (COUTINHO, BEIRAS, PICININ e LÜCKMANN, 2005) propiciando um apoio a consciência crítica, apresentando novas formas de trabalho, trazendo uma reconstrução dos vínculos e reinvindicação dos direitos.
Também é possível perceber que a autogestão é elemento fundamental da transformação social, pois é preciso aprender autogestão para se autogerir participando ativamente de todo o processo da vida social (PEREIRA, 2012) o psicólogo pode estar trabalhando tais questões com os grupos incubados, para que os mesmos aprendam a aplicação do conceito e não somente a teoria de modo isolado.