ações da leptina na fertilidade feminina
Pesquisas científicas revelam que em meninas e mulheres atletas, as concentrações de leptina sanguínea encontradas foram inferiores as daquelas não atletas; e o aumento de leptina sanguínea foi relatado como tendo correlação inversamente proporcional à idade de menarca. Esses fatos demonstram relações existentes entre tecido adiposo/leptina/sistema reprodutor/exercício.
Leptina e sistema reprodutor
Nas meninas, durante a puberdade ocorre o aumento de tecido adiposo por hipertrofia e hiperplasia de células que leva a mudança nas taxas do índice de massa corporal (IMC normalmente amenta para 21% aos 11 anos) e distribuição do tecido adiposo em determinadas partes do corpo feminino. Dentre os hormônios produzidos pelo tecido adiposo está a leptina; produzida em maior quantidade no tecido adiposo subcutâneo, principalmente na região coxofemoral feminina. Dessa forma ocorre aumento progressivo das concentrações de leptina durante o processo pubertário feminino.
O aumento das concentrações de leptina plasmática tem ação direta como hormônio regulatório do sistema reprodutor, pois a leptina possui receptores no eixo hipotálamo-hipófise-gonadal (HPG). Quando leptina chega a determinado nível plasmático, estimula o hipotálamo acelerando a pulsação de liberação do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) que leva a menina iniciar seu ciclo menstrual. Na glândula pituitária, a Leptina atua estimulando a produção do hormônio luteinizante (LH) e do hormônio folículo estimulante (FSH); e nos ovários atua regulando a produção de hormônios esteroides estrógeno e progesterona.
Sistema reprodutor e exercícios
Além dos fatores genéticos, descobriu-se que a maturação sexual feminina pode ser influenciada também pelo ambiente. Exercícios físicos de alta intensidade, assim como um estado de má nutrição, podem retardar a idade de menarca. Pois parecem ser necessários 22% de gordura corporal para manter o ciclo menstrual e 17% de gordura corporal já poderiam