Axum chegará ao fim devido à expansão muçulmana e a pressão de reinos vizinhos. A população do Império foi forçada a se isolar no interior de seu território, causando consequente declínio de sua cultura e comércio, apagando aos poucos os traços desta distinta sociedade. O Império Axumita seria sucedido pelo Estado constituído pela dinastia Zagwe, que floresceu por volta do século XI. A partir deste contexto, Axum foi sede de um dos estados mais poderosos da região entre o Império Romano do Oriente e a Pérsia, cujo poder estendeu-se do século I ao XIII d.C. O auge da cidade e do Império de Axum ocorreu no século IV d.C., quando o território controlado abrangia a atual Etiópia, o sul do Egito e parte da Arábia, no sul do atual Iêmem. O comércio marítimo, com rotas que chegavam até o Ceilão, era realizado através do porto de Adulis (na atual Eritreia). Segundo o autor grego anônimo do "Périplo pelo mar da Eritreia", datado do século I d.C., Adulis exportava escravos, marfim e cornos de rinoceronte. Relações comerciais foram mantidas com a então Província romana do Egito desde o século I e com a Índia a partir do século III; o comércio continuou com o Egito, Síria e o Império Bizantino até o século VII. A área da cidade chegou a cobrir 250 acres e estima-se que a população alcançou 20.000 pessoas no seu auge. A desaparição do império de Meroé, por volta de 320 d.C., pode estar relacionada ao crescimento de Axum, que com isso pôde redirecionar o comércio de marfim do rio Nilo ao porto de Adulis. Sinal da importância econômica da cidade foi a cunhagem de moedas, que começou no século III e continuou até o século VII. Durante os primeiros séculos do primeiro milênio d.C. foram levantados, no campo de Mai Hedja, grandes estelas de pedra que recordavam grandes reis. Essa prática, que durou até cerca de 330 d.C., terminou na época do rei Ezana, que converteu-se ao cristianismo. Em total há 126 obeliscos em Axum, incluído o de maior tamanho conhecido, quase