AVICENA
Destacou-se entre outras áreas, no campo da medicina, e seu principal trabalho, o Cânone da Medicina (al-Qanun fi’l-Tibb) continuou a ser utilizado como manual de medicina nas universidades da Europa e no mundo islâmico até o início do período moderno. Como filósofo, sua principal obra é A Cura (al-Shifa’), que teve um impacto decisivo sobre a escolástica europeia, especialmente sobre Tomás de Aquino.
De sua vida pessoal, o perfil que chegou até nós é que Avicena era um jovem muito precoce, e com dez anos de idade, já havia memorizado o Alcorão. Aos dezesseis, já dominava várias ciências, como física, matemática, lógica e metafísica. Logo começou o estudo e a prática da medicina, e antes de completar vinte e um anos de idade, escreveu seu famoso “Cânone”.
Avicena serviu sucessivamente a vários soberanos persas como médico e conselheiro, viajando com eles de um lugar a outro, e apesar de conhecido pelo seu perfil sociável, dedicou um bom tempo aos trabalhos literários, dos quais são exemplos concretos os cerca de cem volumes que escreveu. Destacam-se ainda entre os seus trabalhos, os extensos comentários sobre a obra de Aristóteles, e A Libertação (al-Najat).
A filosofia de Avicena é uma tentativa de construir um sistema coerente e abrangente que esteja de acordo com as exigências religiosas da cultura muçulmana. Como tal, ele pode ser considerado o primeiro grande filósofo islâmico. Seu trabalho é frequentemente visto como parte integrante das tradições aristotélica e neoplatônica.
Um princípio favorito de Avicena, que é citado não só por Averróis, mas também pelos escolásticos, e especialmente por Santo Alberto Magno era “intellectus in