Avaliação e TCC

Formação do Estado Brasileiro e Formação de Professores Universitários: de donos do saber a parceiros do saber (Primeira República aos dias atuais)
Marli Zavala de Bogoná1

Resumo
Demonstrar que a forma com que o Brasil foi colonizado influiu na postura dos professores universitários, sobretudo a partir da Primeira República, em que, face às novas necessidades formativas de mão de obra, ao mesmo tempo garantia que uma elite pudesse ser formada para perpetuar o poder – formas de avaliação excludentes, que deixam de lado o ato amoroso de Luckesi. E que tal postura, no século XXI, é totalmente inadequada à necessidade formativa dos alunos, tanto no que diz respeito à formação de cidadãos quanto à interação com a sociedade tecnológica na qual vivemos na qual tais alunos estão inseridos, muitas vezes trazendo novidades ao professor.

Palavras-Chave: competências pedagógicas; avaliação de aprendizagem; elites; colonização; ato amoroso.

Sabemos que a formação do professor universitário, por força da tradição e confirmada pela legislação, baseia-se tão somente nos saberes do conteúdo de ensino. Valoriza-se a especialização em sua área, alicerçado nas atividades de pesquisa, e ainda, na participação em bancas e trabalhos de orientação.

“A neoglobalização e a redefinição do papel do Estado, com sustentação na ideologia liberal, aprecem ocupar preferentemente essa nuclearidade, diante da qual a eclosão informativa e comunicativa constituem antes pressupostos tecnológicos. Em outras palavras, as tecnologias informacional e comunicacional funcionam como condições dessa sociedade. Mas, na medida em que são apropriadas por projetos hegemônicos de certos grupos sociais, deixam de ser características definidoras da sociedade exatamente por sua unilateralidade apropriativa.” Ou seja, o mesmo fenômeno é expresso de diferentes formas: sociedade da informação, do esquecimento, da desinformação – diante de uma avalanche de informação, perde-se o foco principal, e