Avaliação institucional: pensando princípios dilvo i. ristoff*
Dilvo I. Ristoff*
O Movimento Docente tem discutido a questão da avaliação institucional nas universidades brasileiras.
Durante os anos 1993 e 1994, o país viveu um momento realmente histórico no tocante à avaliação. As iniciativas da Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), DA Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (ABRUEM), dos Fóruns de Pró-Reitores de Graduação e Planejamento encontraram eco na equipe, ideologicamente plural do MEC. Este passou a exercer o papel não de condutor do processo, mas de articulador, de viabilizador e, por fim, de financiador.
E isto talvez esteja fazendo toda a diferença. É importante destacar que 71 universidades submeteram projetos de avaliação à Secretaria de Ensino Superior (SESU) do MEC. para participarem do Programa de Avaliação Institucional das universidades Brasileiras (PAIUB), que passou a ter muitos adeptos, menos de um ano após a criação da Comissão Nacional de Avaliação.
Só a organização a articulação e as ações efetivas dos que lutam diuturnamente por uma universidade cada vez melhor podem garantir que o planejamento e o comprometimento coletivo e não o espasmo e o capricho pessoal definam o que a educação superior brasileira deve ser.
As universidades públicas brasileiras só conseguirão sobreviver se tiverem a consciência de que a qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão precisa ser garantida em três frentes de luta, e que tal luta nas três frentes tem de se dar concomitantemente. Refiro-me a frente política, frente acadêmica e frente administrativa. Qualquer concepção que encare apenas uma ou duas destas frentes como suficientes está fadada ao fracasso. A universidade pode ser extraordinária na qualificação de seu corpo docente, na qualidade de suas aulas, no desenvolvimento de suas pesquisas, mas ela fracassará se a frente política não lhe garantir o mínimo de recursos para