Avaliação do idoso no brasil
A senadora Emilia Fernandes, em pronunciamento feito dia 28 de setembro, na tribuna do Senado, manifestou preocupação com a situação do idoso no país. O crescimento vertiginoso da população idosa levou a parlamentar a refletir sobre a falta de infra-estrutura e políticas sociais voltadas para o bem-estar das pessoas na faixa etária acima dos 60 anos.
No dia 2 de outubro será comemorado em todo o mundo o Ano Internacional do Idoso, lembrou a senadora, citando estudo do IPEA que mostra, na sociedade brasileira, as pessoas com mais de 65 anos de idade cada vez mais ativas. "O que estamos fazendo em relação à independência, à participação, ao bem-estar, ao desenvolvimento e a dignidade dos nossos idosos?", indagou a parlamentar. "É preciso garantir a integração plena dos idosos à sociedade, participando da elaboração e da implementação de políticas que afetem diretamente o seu bem-estar".
"Iniciaremos o novo século com a população idosa crescendo oito vezes mais que os jovens e quase duas vezes mais que o resto da população", ressaltou Emilia, lembrando que os idosos no Brasil já são 8,7% da população, mais de 13,5 milhões. A previsão é de que este número dobre nos próximos 20 anos. Ela citou dados estatísticos que revelam a mudança da composição da sociedade brasileira. De 1980 até agora, a taxa de crescimento da população com mais de 60 anos chegou a 107%, enquanto o grupo na faixa até 14 anos cresceu 14%.
A parlamentar gaúcha lamentou o fato de que 75% da população idosa do país recebe, hoje, no máximo, três salários mínimos. "Isso é extremamente preocupante e, mais grave ainda, se considerarmos a postura da sociedade e do mercado de trabalho, que trata os idosos como seres improdutivos e descartáveis", afirmou.
"A imprensa registra cotidianamente a triste realidade a que os idosos são submetidos, refletindo ainda a pouca preparação da sociedade e, em muitas situações, o descaso dos governos", afirmou. Emilia criticou os