Avaliação diagnóstica
LÍNGUA PORTUGUESA
1. O poema abaixo servirá como base para a questão seguinte:
Data a Dedicatória
Teus poemas, não os date nunca... Um poema
Não pertence ao Tempo ... Em seu país estranho
Se existe hora, é sempre a hora extrema
Quando o anjo Azrael nos estende ao sedento
Lábio o cálice inextinguível...
Um poema é de sempre, Poeta:
O que tu fazes hoje é o mesmo poema
Que fizeste em menino,
É o mesmo que,
Depois que tu te fores,
Alguém lerá baixinho e comovidamente,
A vivê-lo de novo...
A esse alguém,
Que talvez nem tenha ainda nascido,
Dedica, pois, teus poemas.
Não os dates, porém:
As almas não entendem disso... (Mário Quintana)
a) Qual é a concepção do autor, sobre a natureza da poesia, que podemos depreender da leitura do poema? Cite um trecho em que essa concepção se verifique de maneira explícita.
b) A razão fundamental para não datar os poemas, segundo Mário Quintana, é que "As almas não entendem disso". No contexto do poema, interprete esse verso.
2. Leia atentamente a tirinha abaixo e responda ao que se pede:
Fonte: Folha de S. Paulo, 8 de maio de 2005.
a) Que conhecimentos parecem não ser partilhados entre os interlocutores? b) Explique em que se fundamenta a comicidade da tirinha.
Sobre a relação entre clareza e contexto o professor Sirio Possenti escreveu em sua coluna na revista Língua, publicada em Abril de 2012:
“Textos devem ser objetivos, é claro, sempre que seu objetivo é serem objetivos (o jogo de palavras é proposital; espero não ser considerado não objetivo). Melhor: devem ser objetivos se são textos destinados a circular em campos nos quais a objetividade é crucial. Por exemplo, em textos científicos e técnicos, a objetividade é esperada e sua falta cria problemas. Uma lei científica deve ser redigida com léxico e