Avaliação da Aprendizagem
1. AVALIAÇÃO EDUCACIONAL ESCCOLAR: PARA ALÉM DO AUTORITARISMO A Questão do autoritarismo na prática escolar da avaliação educacional escolar e sua possível superação por vias interescolares (Luckesi, 1984ª e 1984b). Pretendemos ordenar e sistematizar, de forma mais orgânica e adequada, esta análise e subsequente proposição de um modo de agir que possa significar um avanço para além dos limites dentro os quais se encontra demarcada hoje a prática da avaliação educacional em sala de aula. O que aqui vamos propor importa estarmos em cientes de que a avaliação educacional, em geral, e a avaliação da aprendizagem escolar, em particular, são meios e não fins em si mesmas, estando assim delimitadas pela teoria e pela prática que as circunstancia lizam. È certo que o atual exercício da avaliação escolar não está sendo efetuado gratuitamente. Está a serviço de uma pedagogia, que nada mais é do que uma concepção teórica da educação, que, por sua vez, traduz uma concepção teórica da sociedade. O que pode estar ocorrendo é que, hoje, se exercite a atual prática da avaliação da aprendizagem escolar – ingênua e inconscientemente como se ela não estivesse a serviço de um modelo teórico de sociedade e de educação. A prática escolar predominante hoje se realiza dentro de um modelo teórico de compreensão que pressupõe a educação como um mecanismo de conservação e reprodução da sociedade (Althusser,s.d.; Bourdieu e Passeron, 1975). Temos de colocar a avaliação escolar a serviço de uma pedagogia que entenda e esteja preocupada com a educação como mecanismo de transformação social. Em primeiro lugar, situaremos a avaliação educacional escolar dentro dos modelos pedagógicos para a conservação e para a transformação. Num segundo momento, analisaremos a fenomenologia da atual prática de avaliação escolar, tentando de ocultar suas latências autoritárias e conservadoras. Por último, faremos algumas indicações de saída desta situação, a partir do entendimento da