Avaliação da Aprendizagem
Todos os anos, cerca de 7 milhões de alunos repetem a série que cursaram no período anterior. O número - alarmante - significa muitas perdas para o país, para as escolas e para os estudantes. O Brasil gasta 10 bilhões de reais para que esses estudantes tenham contato novamente com os mesmos conteúdos, muitas vezes ensinados da mesma maneira, sem garantias de que a segunda passagem pelo mesmo processo levará à aprendizagem. A repetência aumenta a distorção idade-série (28,6% no Ensino Fundamental e 44,9% no Ensino Médio), o que contribui para que a avaliação da Educação no país continue baixa. A escola com muitos repetentes também perde, pois registra dados que comprometem seu desempenho como um todo e colocam em xeque a qualidade do ensino que oferece.
O maior prejudicado, porém, é o aluno: além de refazer um ano inteiro, ele muitas vezes perde o estímulo para continuar os estudos. Isso eleva outro índice do qual o país não se orgulha: o da evasão escolar (6,9% no Ensino Fundamental e 10% no Ensino Médio, de acordo com dados do Ministério da Educação). Não por acaso, o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em março de 2007 pelo governo federal, prevê o combate à repetência e ao abandono escolar, determinando que as escolas tenham um sistema de acompanhamento aos alunos com necessidade de apoio ao longo do ano e não somente nas últimas semanas de aula.
Existem várias maneiras de oferecer esse apoio. Explicamos cinco delas nesta reportagem. Para algumas, é preciso montar estrutura de salas, material e pessoal. Em outras, a orientação da coordenação pedagógica pode ajudar o professor a desenvolver atividades diferenciadas ou a montar grupos de trabalho em sala de aula para que os estudantes trabalhem em conjunto e aprendam com os colegas.
A importância do apoio pedagógico para a qualidade da Educação foi confirmada no estudo Como Sistemas Escolares do Mundo Chegaram ao Topo, da consultoria norte-americana