Avaliação Científica das Hipóteses de Vida Fora da Terra
Na segunda metade do século XX, a idade e o tamanho do Universo já faziam o próprio conhecimento estabelecido fervilhar com especulações sobre vida fora da Terra. Se o nosso planeta fosse típico – era o raciocínio base, a vida extraterrestre deveria ser comum. Ainda em 1950, o físico Enrico Fermi entrou para a história formulando o contra-raciocínio que orientaria o desmembramento da hipótese extraterrestre da ortodoxia científica desde então: se extraterrestres são comuns, onde eles estão?
A chegada do homem à Lua em 1969, auge da corrida espacial ocorreu apenas um ano depois da publicação do Relatório Condon, auge da política de desqualificação de discos voadores impretrada pelo governo dos EUA. A mesma ortodoxia que especulava sobre a possibilidade de seres inteligentes fora da Terra já ridicularizava qualquer insinuação de que eles pudessem fazer incursões ao planeta. A concepção dominante, contudo, era que, mesmo sem visitas, com um universo tão grande, deveria haver mais alguém lá fora.
Conforme acreditam o geólogo e paleontologista Peter D. Ward e o astrônomo e astrobiólogo Don Brownlee, embora a vida complexa possa até ser difundida através das galáxias de nosso universo, a vida inteligente avançada pode ser raríssima, talvez até singular. Eles defendem que as condições necessárias à evolução e sobrevivência da vida superior são tão complexas que dificilmente se reproduziriam em muitos lugares.
Existem inúmeros fatores que podem ser aplicados para defender a improbabilidade do