AVALIA O REFERENTE AO S BADO
Programa de Pós-Graduação em Orientação e Supervisão (Especialização)
Pedagogia da Aprendizagem
Prof. Leonardo Vieira
Instrumento de avaliação III
O sujeito inserido no sistema
Quando o bebê nasce, ele traz consigo tendências hereditárias, que incluem processos de maturação. Cada bebê possui uma organização em marcha, ligada ao seu impulso biológico para a vida, para o desenvolvimento e o crescimento.
Entretanto, esse desenvolvimento depende, para sua efetivação, de um ambiente satisfatório de “facilitação”, que deve se adaptar às necessidades constantes dos processos de maturação. A família, em especial a mãe, que reconhece a dependência da criança e adapta-se às suas necessidades, oferece o que Winnicott (1982) chama de holding, para o bebê progredir no sentido de integração, do acúmulo de experiências, enfim, do desenvolvimento. O ambiente por si só não faz a criança crescer, porém, ele é fator primordial para, ao “ser suficientemente bom” (Winnicott, 1982), permitir o processo de maturação.
Acredito que para que uma criança aprenda é necessário que ela tenha o desejo de aprender. E que, sobretudo, o desejo dos pais a autorizem. Como afirma Mannoni (1981), “as crianças andam não só porque tem pernas, mas porque seus pais assim o permitem”.
Para Bowby (1993), a existência de uma criança com problemas representa uma ruptura para os pais. As expectativas construídas em torno do filho normal tornam-se insustentáveis. Vistos como uma projeção dos pais, estes filhos representam a perda de sonhos e esperanças e a obrigatoriedade em lidar com as limitações e fazem com que muitos pais sintam-se despreparados para a tarefa que devem assumir. Assim, pode surgir um padrão rígido de comportamento, no qual o tempo não pode passar, dando lugar a mecanismos constantes e repetitivos, no intuito de manter o sistema homeostático e impedir que o grupo evolua de um estágio para outro.
Partindo-se do conceito de que a família age