Autópsia psicológica
CURSO DE PSICOLOGIA
JUDICIANE SOUSA DE SÁ
PATRÍCIA CORTEZ DE JESUS
RICHARD FERREIRA
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA II
AVALIAÇÃO RESTROSPECTIVA: AUTÓPSIA PSICOLÓGICA PARA CASOS DE SUICÍDIO
PORTO VELHO/RO
Novembro/2012
AVALIAÇÃO RESTROSPECTIVA: AUTÓPSIA PSICOLÓGICA PARA CASOS DE SUICÍDIO
O mundo em que vivemos está voltado para o progresso e para a produtividade. Neste contexto, a morte por suicídio estabelece um contra-senso, um paradoxo. É algo que choca e impressiona mais, porque coloca em evidencia uma situação psicológica mais difícil de se aceitar – que é o fato do indivíduo optar livremente pela sua própria morte. Constitui-se, assim, em um dos fenômenos mais intrigantes, para psicólogos e psiquiatras, demonstrando certamente, que ainda “um dos maiores enigmas continua sendo a relação do homem com sua vida e, consequentemente com sua morte, já que começamos a nos convencer de que a morte é parte da vida, e a maneira de morrer é parte integral da maneira de viver de um indivíduo” (Farberow &Shneidman, 1969, p. XI).
Procurando compreender essa maneira de morrer e, mais especificamente, as causas que levam um sujeito a terminar com sua vida, o suicídio tem sido estudado e interpretado sob vários ângulos e múltiplos enfoques, tendo possibilitado muitas discussões teóricas e gerado um número significativo de publicações.
Assim, vários métodos têm sido utilizados para abordar esse tema, tendo sido possível identificar a sua associação com diversas variáveis demográficas, psicossociais e psiquiátricas. Mas, apesar dos avanços nessa área e dos cuidados tomados pelos cientistas, tem sido difícil compreender as características pessoais dos sujeitos que realmente cometem suicídio, por não serem passíveis nem de avaliação direta, nem de tratamento de qualquer espécie.
O principal problema, sem dúvida é saber como predizer que indivíduos, potencialmente suicidas, vão transformar suas fantasias