Autoritarismo e Democracia Final com Peru
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Allan Carlson do Amaral Gomes
Professor Dr. Valdemar Araújo
Autoritarismo e Democracia
Estudos sobre regimes autoritários em Juan Linz e Alfred Stepan
Salvador
2015
Os estudos sobre a América Latina, no campo da política, evidenciam o autoritarismo como um fator em comum em diversos países do eixo sob diferentes formas em que se instauram, diferentes formas em que agem e em que a dinâmica interna funciona. Pode-se observar dentro de uma perspectiva em comum, que é o autoritarismo, as diferenças em que cada país foi introduzido a algum tipo de regime autoritário em diferentes períodos de sua história. A experiência brasileira na esfera política, mostra que as relações entre sociedade civil e estado tem uma influência herdada historicamente, de uma dependência assimétrica de poder entre "patrão" e "empregado". Pode se dizer que o clientelismo, sistema em que se gera uma relação de dependência entre quem tem poder de fornecer algum tipo de serviço/favor/privilégio a quem precisa ou é subordinado, adentrou na esfera governamental e influi as decisões, seja por parte dos "patrões", seja por parte do "empregado", sob a roupagem do corporativismo (corporativismo que não é uma invenção brasileira, como poderá ser visto). A ideia é de que o Estado deve ter influência sobre as decisões que serão tomadas entre os dirigentes empresariais e os sindicatos, tendendo a influir de forma tal que prevaleça a ideia de "bom para todos", ou em outras palavras, as decisões tendem a ser de soma 1, e não de soma 0, favorecendo ao controle do governo e não das instituições de representação de interesses sobre suas demandas.
As formas de corporativismo são classificadas como inclusivas ou exclusivas. O regime Vargas é categorizado por Alfred Stepan como corporativismo inclusivo, onde o ditador ou o regime permanece longos períodos no comando do governo sem que a população tenha participação no processo da tomada de