Autismo
O objetivo central do trabalho está em dar um enfoque especial na existência de meios de diagnosticar e estudar a questão do desenvolvimento cognitivo, como a linguagem de portadores do Autismo Histórico e da Síndrome de Asperger.
No primeiro capítulo caracterizamos Autismo Histórico e as contribuições do psiquiatra Leo Kanner no estudo do distúrbio de desenvolvimento, procuramos conceitos atuais de Autismo, como também, características comportamentais. O segundo capítulo trata do atraso do desenvolvimento cognitivo e quais são seus sintomas e características comportamentais. No capítulo seguinte, explicamos a Síndrome de Asperger, descrita pelo pediatra Hans Asperger, reconhecida oficialmente em 1944 como um Autismo de elevado desenvolvimento. O quinto capítulo aborda casos de Autismo Histórico e Síndrome de Asperger,alguns, casos ilustres que apresentam dificuldades diversas de comunicação, socialização e linguagem.
2 AUTISMO HISTÓRICO
Caracterizado como um distúrbio profundo do desenvolvimento, o autismo foi pela primeira vez descrito cientificamente, em 1943, no artigo "Distúrbios autísticos de contato afetivo", do psiquiatra austríaco Leo Kanner. Neste artigo, Kanner não definiu especificamente o termo autismo, mas descreveu o quadro clínico de 11 crianças, de onde foi possível extrair características comuns consideradas essenciais, que sugeriu algumas indagações: incapacidade de estabelecer relações normais com pessoas e situações; atraso na capacidade de falar e não utilização da linguagem como instrumento de comunicação com os outros e obsessão ansiosa em manter imutável o seu ambiente físico.
A grande contribuição de Kanner, ao caracterizar o autismo como uma síndrome independente, com um quadro clínico que a diferencia de outras síndromes psiquiátricas (como debilidade, esquizofrenia, etc.), não foi suficiente para possibilitar uma definição precisa do Autismo Histórico. Não há o consenso sobre os instrumentos avaliativos,