Auta da barca do inferno

A peça inicia-se num porto imaginário onde se encontram as duas barcas, A Barca do Inferno, A barca da Glória, tendo como tripulação um Anjo na proa. O primeiro a embaraçar é um Fidalgo, que chega acompanhado de um Pajem. O Diabo mal viu o Fidalgo e já lhe falou para entrar em sua barca, pois ele iria levar mais almas e mostrar que era um bom navegante. Quando tudo estava pronto, o Fidalgo dirigiu ao Diabo, perguntando para onde aquela barca iria. O Diabo responde que iria para o Inferno. O Fidalgo falou que não iria entrar na barca do inferno e Fidalgo saiu zombando do Diabo e foi em direção á barca do Céu. O Anjo disse que Fidalgo não entraria devido sua tirania, desconsolado Fidalgo volta á barca do Inferno e entra. Logo depois veio um Onzeneiro que não quis entrar na barca do Diabo e dirigiu para a barca do céu, chegando até a barca do céu, o Anjo afirmou que por ele, o Onzeneiro acaba entrando na barca do Inferno.
Mais uma alma se aproxima, desta vez era um Parvo. O Diabo afirmou que ele deveria entrar, mas o Parvo ficou reclamando que ele morreu hora errada, o Parvo insultou o Diabo e foi tentar embarcar na barca divina. O Anjo falou que se ele quisesse poderia entrar, pois ele não havia feito nada de mal em sua vida. Depois veio um sapateiro que tentou entrar na barca divina, mas não conseguiu. Chega um Frade, junto de uma moça, o Frade diz que todos no convento são pecadores como ele, percebendo que o navegante era o Diabo, o Frade ficou indignado e foi á barca do céu, chegando lá o Parvo o zomba e percebendo o insulto o Frade volta e entra na barca do Inferno.
Assim que o Frade embarcou, veio à alcoviteira Brísita Vaz. O companheiro do Diabo lhe disse que ela não entraria na barca sem Joana de Vâldes, ela foi relatando que iria ao Paraiso, chegando na barca divina tenta convencer o Anjo e ele sem paciência manda ela embora, triste Brísita vai em direção ao batel do Inferno e resolve entrar. Logo veio um Judeu que o Parvo zombou e o Diabo percebendo que o