aulas

As aulas do professor Fabio Pilatti costumam ser imprevisíveis. Seus alunos não sabem se ele estará vestido de calça, camiseta e jaleco, ou se alguma personalidade histórica cruzará a porta da sala de aula.
Pilatti, mais conhecido como professor Pila, descobriu uma forma curiosa de conquistar a atenção de seus alunos, em sua grande maioria adolescentes, acostumados com o dinamismo da internet, da televisão, do cinema e de outros meios de comunicação.
O professor Pila usa fantasias para cativar os estudantes, que já o viram vestido de índio, gaúcho, Rei Luis XIV, doutor Osvaldo Cruz, múmia e até mesmo Joana D´Arc.
As roupas são um recurso para estimular a curiosidade, e servem como gancho para conduzir a aula. Com apenas 3 anos de carreira, Pilatti, percebeu que precisava encontrar formas de adequar a linguagem da sala de aula a linguagem dos meios de informação adotados pelos jovens.
Para isso o professor recorre a internet e até mesmo aos vídeo games, obedecendo a uma regra simples para alguém de 25 anos, ou seja, para alguém que assim como seus alunos nasceu na era digital: “Costumo pensar em como eu gostaria de ouvir aquela história”, resume.
Pilatti divide seu tempo entre as aulas nos cursinhos Águia de Pato Branco e Francisco Beltrão, HBC, de Palmas e Master de Dois Vizinhos. Além disso, o professor é aluno do curso de direito e artista de tradições gaúchas em um CTG de Guarapuava. No meio dessa agenda, Pilatti conseguiu um tempo para conversar com o Diário.
Por que você decidiu cursar história?
Quando eu tinha 17 anos convivi com uma dúvida muito comum entre os jovens nessa idade: Qual a profissão que eu escolheria para exercer pelo resto da vida.
Tive professores de história que serviram como estímulo, que me fizeram ficar encantado com a disciplina. Acredito que isso me influenciou muito.
Quando decidi por história percebi algumas desconfianças dos amigos, e por mais que meus pais também desconfiassem eles sempre me incentivaram.