aula
3. Empresas multinacionais e comércio
A economia geográfica. A nova economia geográfica e o comércio internacional.
Em 1933, Ohlin avançou que a teoria do comércio internacional não é mais do que a teoria da localização internacional, ou seja, a economia geográfica. A economia geográfica interessa-se pelo estudo das determinantes endógenas da concentração espacial das actividades, medindo a polarização das actividades económicas.
A produção não se reparte equitativamente entre os países e dentro dos países. Um bom exemplo deste fenómeno de concentração internacional das actividades é dado pela Ásia do sudeste (Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Hong-Kong, Singapura,
Filipinas, Tailândia, Malásia, Indonésia e China) . Em 1990, o total da população desta área era de cerca de 1,6 biliões. Com apenas 3,5% da área, e 7,9% da população, o Japão era responsável por 72% do PIB.
Krugman e Venables (1996) estudaram a concentração de alguns sectores industriais nos USA e na Europa, quanto à parte do emprego absorvido pelo sector. A conclusão foi a de que estes sectores eram mais concentrados nos USA que na
Europa, apontando para forças de aglomeração mais importantes nos USA
(decorrente da existência de fronteiras políticas europeias).
Mas existem indicadores específicos para mensurar o grau de concentração (que é uma medida de distribuição de uma actividade entre os países, ao contrário da especialização que é uma medida de distribuição das actividades dentro de um país).
Indicadores de mensuração do grau de concentração espacial de um sector
1) Índices de concentração “brutos” – o índice de concentração espacial de
Herfindhal
Um primeiro tipo de indicadores estuda a concentração ou distribuição espacial de um sector, sem comparar com uma situação de referência.
Suponhamos que X rs representa a actividade económica de um sector s (emprego, produção, valor acrescentado,…) e de uma zona ou região r (país,