aula virtual 2 - rescrita
A obesidade infantil apresentou alarmante aumento nas últimas três décadas e se tornou um grande problema de saúde pública. A estimativa mundial da International
Obesity Task Force (IOTF, 2005) é de que haja, atualmente, 155 milhões de escolares com excesso de peso (sobrepeso/obesidade). Os países industrializados são os que apresentam maior prevalência de obesidade infantil, conforme ilustrado no mapa.
No Brasil, esse cenário foi demonstrado na Pesquisa de Orçamentos Familiares
(POF 2008-2009), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE em parceria com o Ministério da Saúde. Os resultados evidenciaram que o déficit de altura
(importante indicador de desnutrição) caiu de 29,3% (1974-75) para 7,2% (2008-09) entre os meninos e de 26,7% para 6,3% entre as meninas, nos primeiros anos de vida. Em contraste, o excesso de peso e a obesidade, em todas as demais idades, apresentaram altos índices de prevalência - 33,5% das crianças de cinco a nove anos e xx% respectivamente, denotando relevância deste problema para a saúde pública brasileira
(Gráfico 1).
Gráfico 1 – Evolução de indicadores antropométricos na população de cinco a nove anos de idade, por sexo – Brasil – períodos 1974-75, 1989 e 2008-2009
O excesso de peso apresenta tendência de incremento também entre os adolescentes (10 a 19 anos), acometendo de 16% a 19% da população juvenil das
Regiões Norte e Nordeste e de 20% a 27% nas Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
Esses valores excedem em seis vezes a frequência do déficit de peso nessa faixa etária
(Gráfico 2).
Gráfico 2 – Evolução de indicadores antropométricos na população de 10 a 19 anos de idade, por sexo – Brasil – períodos 1974-75, 1989 e 2008-2009
No tocante à Belo Horizonte, nota-se escassez de informações epidemiológicas sobre a obesidade e excesso de peso de suas crianças. Porém, estudos locais demonstram que a prevalência dessas