Aula Montessori
Seminário: Aula Montessori
Belo Horizonte
2014
Marjorie Leão Rago
Seminário: Aula Montessori
Belo Horizonte
2014
1. Introdução
A prática do sistema montessoriano é destacada pela originalidade de suas propostas. O principal objetivo é preparar a criança para ser livre. Para adquirir essa autonomia a criança pratica continuamente os hábitos da vida cotidianos como, por exemplo, tirar as roupas, abotoá-las, pendurá-las, lavar as mãos, comer e beber sozinhas. A criança aprende a se desenvolver sem um adulto. É necessário que o ambiente escolar seja organizado de forma que possibilite o perfeito desenvolvimento da criança, além de ter horários bem definidos. Deve ser um lugar amplo para brincar, que permita a atividade intelectual, o movimento e a utilização das coisas que estão no ambiente de forma regrada, que se adapte à idade e ao nível do aluno, além de oferecer a possibilidade de autocontrole do erro. O professor orienta a criança para que ela consiga a coordenação de movimentos. Na sala de aula o material didático é distribuído em distintos espaços de acordo com sua utilização: psicomotricidade, vida prática, vida sensorial e as matérias que devem ser trabalhadas. O professor ou professora precisa ter um espírito científico, muita disciplina e saber a diferença entre orientar e vigiar o aluno.
Maria Montessori recebeu grande influência dos trabalhos desenvolvidos com as crianças deficientes por Edouard Séguin, que era um psiquiatra. A proposta pedagógica baseia-se no princípio da seriação, só podemos cobrar o domínio de uma tarefa somente quando a criança domina todo o repertório para a sua execução. O desenvolvimento de seu método de leitura e escrita vai do simples para o complexo e a aprendizagem da leitura e da escrita não são simultâneas, a escrita precede a leitura. Enquanto as palavras escritas não transmitem ideias para a criança, não podemos