AULA FENOMENOLOGIA
A Fenomenologia se propõe à descrição da estrutura dos fenômenos, sendo a maior preocupação de Husserl era encontrar um método universal, que possa reger o pensamento de modo que se atinja o conhecimento universal e verdadeiro. Para tal, é necessário que se saiba como se conhece e que não seja ignorado tudo aquilo relacionado com o ato de conhecer, como, por exemplo, a subjetividade dos homens, a qual seria “a primeira verdade indubitável para começar a pensar corretamente”! (Chauí, 1988: XVIII).
Husserl, ao propor-se criar as bases da verdadeira fundamentação da Filosofia, como base de todo conhecimento, estabelece algumas exigências que deveria conter esta fundamentação. As características da verdade fundamentação seriam:
1) Deve ser a priori, isto é, independente da experiência, uma vez que uma teórica e absoluta prescinde da experiência, sempre contingente e particular/singular;
2) Esta aprioridade implica ausência de pressupostos. Temos que proceder com inteira liberdade, sem nos deixarmos influenciar por qualquer opinião dominante, quer científica, quer filosófica, para nos orientarmos exclusivamente pelas coisas; 3) Finalmente, o fundamento radical tem que ser evidente por si mesmo, isto é, autojustificável, pois possui um carácter imediato e plenamente reflexo (Fragata, 1961:6).
O que vem a ser a evidência? Ela está relacionada com os conceitos de intenção e intuição. Existe uma intenção significativa quando significamos intencionalmente o objetivo, sem considerar sua presença. Esta intenção pode ser preenchida pela presença do objeto, neste caso temos uma intuição. A intuição é, portanto, o preenchimento de uma intenção. A evidência é a consciência da intuição. Na prática, como evidência e intuição se implicam, Husserl usa as duas palavras indiferentemente. Ele distingue as evidências a partir do objeto e não do sujeito. Assim, intuição sensível refere-se a uma singularidade