Aula 3 - cores
Segundo José Maria Filardo Bassalo, em Nascimentos da Física (1996), no século 9 ou 8 a. C, o poeta grego Homero acreditava que a luz provinha dos olhos e que, portanto, a visão ocorria quando os raios luminosos partindo dos olhos atingissem o objeto que estava sendo observado.
Pitágoras (560 – 480 a.c.) era partidário da hipótese de que são os olhos que recebem os raios luminosos.
O filósofo grego Platão (427-347 a.c.) formulou a hipótese de que a visão de um objeto era devido a três jatos de partículas: um partindo dos olhos, um segundo proveniente do objeto e um terceiro vindo das fontes de iluminação.
Em 1604, o astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630), em seu livro Suplemento à Óptica de Vitello expôs sua teoria de que a visão decorre do estímulo da retina que é atingida por raios coloridos do mundo visível e, depois, transmitida ao cérebro por uma corrente mental.
Foi Thomas Young, que, em 1801, propôs a primeira versão de uma teoria tricromática da visão, ou seja, percepção cerebral a partir de 3 cores fundamentais: vermelho, verde e azul. Young, por meio de seus experimentos com superposição de luzes, provou que todas as cores do espectro visível podiam ser representadas como uma soma de três cores primárias. Ele concluiu que isso era conseqüência, não das características do raio luminoso, mas da composição do sistema visual humano. Ele pressupôs que o raio luminoso era transportado para o cérebro por meio de três diferentes tipos de nervos, que transportavam, respectivamente, o vermelho, o verde e o azul. Young descobriu, também, que o cristalino do olho muda de forma para permitir a localização de objetos situados a diferentes distâncias. Posteriormente, identificaria a causa do astigmatismo: uma irregularidade na curvatura da córnea.
Figura 22 – Thomas Young
Em 1851, Hermann von Helmholtz aperfeiçoou essa teoria, mantendo a posição de que o olho possuía 3 fotorreceptores, um para