Augusto comte
Muito, bem, o título usa uma palavra complicada, chata de se falar, escrever, mas pior ainda, de estar presente entre nós. Com as exigências do mundo, nosso tempo fica cada vez mais escasso. A competição no mercado de trabalho é a principal culpada, pois sem ele, não tem almoço! É como dizem “lá fora”: There is no free lunch. Essa máxima já demonstra agressividade, falta de sensibilidade com o Ser.
É claro que temos que trabalhar dar duro para crescermos, educar nossos filhos com dignidade, mas é claro também que a falta de senso de colaboração, de ajuda, de compaixão, nos torna desumana. Isso é muito grave, pois é o início, é o estopim para qualquer discórdia, desconfiança, traição, que conseqüentemente leva à raiva, ódio, vingança, desejo de guerra. Desejo de aniquilar quem está a sua frente.
São sentimentos inerentes a nós, que são até naturais, pois o instinto nos leva a arrumar meios para se defender, de modo a garantir a vida física. Mas esses sentimentos nos tornam frios, irracionais e muitas vezes, nos transformam em verdadeiras máquinas. Quem nunca foi decepcionado por alguém, ou traído?
A sociedade tem regras tão desumanas, onde as pessoas, para defenderem-se às vezes, preferem perder até amigos.
Perder a amizade até de parentes. Uma verdadeira guerra onde amigos se tornam tão confusos, que acabam por tornarem-se inimigos. A formação de caráter devia ser a principal matéria nas escolas primárias. A filosofia deveria voltar ao currículo escolar básico. Um mundo no qual os valores materiais são elevados ao grau de ‘deuses’ só pode dar errado.
Tomara um dia o ser-humano perceba que podemos ter tecnologias muito mais avançadas do que as de hoje bastando para isso ajudar-nos mais uns aos outros. Sem tramóias, sem levar vantagem, sem favores. Utopia? Pode ser, mas é necessário ter esperança, ainda mais no ser-humano. Se não, esperar em quem?
O ser humano tem várias facetas culturais e comportamentais e para nós vivermos em