August strindberg
Neste trabalho irei analisar as quatro obras de August Strindberg que são: A tempestade, A casa queimada, A sonata fantasma e O Pelicano. Para fundamentar minhas ideias, usarei Textos de Jean – Pierre Sarrazac e Roland Barthes. Na tentativa de encontrar o trágico moderno em suas obras.
O Trágico moderno é uma ideia inicial de Maurice Maeterlinck, que inicialmente deu o nome de trágico cotidiano. Ele consiste na ideia de um trágico separado da tragédia. Será um conceito pensado no que constitui a poética aristotélica.
A poética de Aristóteles acredita no mythos (fábula) como “alma” da peça. Onde o drama é composto como um “todo”, um ser vivo, cuja “beleza reside na extensão e na ordenação”. Implicando uma concepção de uma fábula totalmente ordenada. Numa sucessão de fatos com um tempo de ação e uma corrida para a catástrofe. Essa catástrofe estaria ligada ao destino ou ao desejo.
Strindberg e muitos dramaturgos começam a buscar uma nova ideia de teatro se opondo a este tipo de fábula. De descolar seus personagens da tragédia apontada por Aristóteles.
A catástrofe
A catástrofe é onde a história se desenvolve nas obras de Strindberg as catástrofes já ocorreram. Seus personagens vivem um pós-catástrofe, por assim dizer. As obras não necessitam, mas de grandes acontecimentos para virar algo interessante. A catástrofe de Strindberg é mais sutil, mas cotidiana não possui o desejo ou o destino como em Édipo Rei e em tantas outras obras trágicas. Os personagens não estão em busca de algo que virará uma catástrofe. Eles estão vivendo com esta catástrofe ,como o incêndio em A casa queimada ,que são infortúnios já ocorridos quando se inicia a peça. Apesar de não ser mais o desenlace da tragédia. A catástrofe continua essencial para o teatro, Para Sarrazac ela representa a mudança de estado, permite mostrar ao encenador e iluminador uma imagem teatral suscinta. E afirma que a encenação é uma catástrofe, e que sem