Auditoria e perícia
De acordo com Silveira (2004), a Governança Corporativa tornou-se uma condição indispensável para a estabilidade do ambiente econômico, porque se traduz no sistema que assegura aos sócios-proprietários a gestão estratégica da empresa e a efetiva monitoração da diretoria executiva. A relação estabelecida entre a propriedade da empresa e sua gestão é concretizada por meio do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e da auditoria independente, que são instrumentos essenciais para o exercício do controle. A propriedade da empresa apresenta regras visando eliminar o distanciamento entre minoritários e controladores e assegura a confiança dos investidores de que o capital que eles estão investindo será protegido de utilização indevida por parte dos diretores, conselheiros ou acionistas controladores. Com relação à gestão, a organização dever ser gerida de forma a preservar os interesses dos proprietários e adicionar valor ao empreendimento, valendo-se da transparência na prestação de contas e nas demais relações estabelecidas no âmbito institucional. Segundo o IBGC (2009), a auditoria independente é considerada um agente importante de governança corporativa em função da sua atribuição básica de verificar as demonstrações contábeis e emitir parecer sobre sua adequação à realidade da empresa, além de garantir o controle da propriedade sobre a gestão, juntamente com o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal. Apesar de no Brasil não haver a obrigatoriedade de as empresas manterem os departamentos de auditoria interna em suas estruturas de gestão, inúmeras empresas contam com auditoria interna, demonstrando que reconhecem a importância da auditoria interna para o sistema de governança corporativa. Percebe-se que desde seu surgimento, as boas práticas de governança corporativa vêm buscando proporcionar melhoras significativas na gestão das empresas e no ambiente regulatório, além de mais proteção aos