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O hospedeiro preferido da fase adulta é o cavalo e o boi, podendo parasitar também outros animais domésticos e silvestres. Esta espécie comumente ataca o homem em enormes quantidades nas estações secas e frias, em qualquer fase de sua evolução. No Brasil as formas adultas recebem ainda as denominações de "rodoleiro" em muitas regiões do país, "picaço", no sul de Minas Gerais e "carrapato rodolego", em Sergipe. As larvas ou as ninfas desses carrapatos são denominadas popularmente de "micuim", "carrapato pólvora", "carrapato-fogo", "carrapato meio-chumbo" e "carrapatinho". Sobem em grande número nas gramíneas, em certas épocas do ano, atacando o homem, produzindo intenso prurido e uma lesão granulomatosa, especialmente ao redor da cintura e pernas, que pode levar vários meses para cicatrizar.
É o vetor da Babesiose eqüina no Brasil e da Febre Maculosa no homem, na América Central, Colômbia e Brasil, causada pelo Rickettsia rickettsi, uma zoonose que circula entre carrapatos e hospedeiros vertebrados.
O carrapato Amblyomma cajennense necessita de três hospedeiros de espécies iguais ou diferentes para completar seu ciclo de vida, que pode variar de um a três anos, dependendo das condições climáticas.
No Brasil, as infestações por larvas ou mucuins são observadas particularmente a partir dos meses de março-abril até meados de julho quando se inicia o período ninfal. As larvas podem permanecer no ambiente até 6 meses sem se alimentar.
Após a fixação das larvas no hospedeiro, estas iniciam o repasto (linfa e/ou sangue e tecidos digeridos) durando esta fase de parasitismo aproximadamente cinco dias. Após este período, as larvas desprendem-se do hospedeiro, caem no chão e buscam abrigo no solo, para realizar uma muda para o estágio ninfal, que ocorre em um período médio de 25 dias.
A ninfa ("vermelhinho") pode aguardar em jejum pelo hospedeiro por um período estimado de até um ano. Seu período máximo de atividade é observado