A Indústria Cultural tem proporcionado grandes mudanças em diversas áreas de relacionamento, principalmente, na educação. De forma impactante, ela vem expondo e impondo suas novidades de forma que fica difícil contestá-la. O que mais se vê, hoje em dia, são crianças, dentro de casa, em frente ao computador ou à televisão. Muitas vezes, essas crianças desenvolvem habilidades e constroem conhecimentos que superam adultos. Não se pode negar, portanto, que essa tecnologia é, quando bem utilizada, uma grande ferramenta, capaz de complementar e auxiliar, significantemente, à educação. Infelizmente, a Indústria Cultural é vista de forma mais negativa do que positiva, pois as pessoas não têm sabido dosar qual a medida ideal para torná-la uma ferramenta positiva para o desenvolvimento intelectual. Nas escolas, por exemplo, a televisão – um dos mais populares representantes desta Indústria – ao invés de dar espaço às publicidades persuasivas e linguagens inconvenientes, às quais é especialista, pode ser usada como um instrumento importante no aprendizado dos alunos, pois proporciona mais dinamismo à aprendizagem. Não se pode desvincular a educação, onde a indústria cultural exerce forte influência, da realidade atual, porém faz-se necessário que se saiba utilizar essa ferramenta de forma que alunos não sejam forçados a aceitar qualquer tipo de didática, puramente capitalista, e, muito menos, que professores sejam forçados a modificar seus métodos de ensino em função de um “kit” que alguém julgou mais importante que se fosse usado. É necessário valorizar o conhecimento histórico e, muito mais, o adquirido atráves de experiências vivenciadas. Endende-se, portanto, que é necessário o comprometimento das escolas, afim de saberem medir e administrar a interferência da Indústria Cultural no ambiente escolar, conforme o pedagogo espanhol Joan Ferrés afirma em entrevista à revista Nova Escola (dez. 1998): “uma escola que não ensina como assistir à televisão é uma escola que