Atps comportamento organizacional
Uma das preocupações inicias daqueles estudiosos que procuravam delimitar o campo do CO era diferenciá-lo da Psicologia Industrial/Organizacional, argumentando que as atividades organizacionais constituíam um objeto de estudo e não um contexto para onde conhecimentos psicológicos seriam simplesmente transferidos e aplicados. Ancorados nestas suposições, Payne e Pugh (1971), dois estudiosos ingleses, apresentaram um dos primeiros esquemas conceituais (modelo) para o CO, com quatro níveis de análise: indivíduos, equipes ou pequenos grupos de trabalho, departamentos ou outros pequenos setores organizacionais e a organização como um todo. Influenciados pela visão sistêmica de Katz e Kahn (1966/1978) sobre as organizações, Payne e Pugh conceberam cada um dos níveis de análise do modelo como subsistemas interdependentes, mas com identidades próprias. Para estruturar a dinâmica de relações entre as variáveis de cada um dos quatro níveis de análises, os autores as organizaram em quatro categorias distintas: variáveis relativas ao ambiente, aos objetivos/recursos, a estrutura/processos e ao comportamento avaliado.
A partir de 1979 a Annual Review of Psychology, reconhecendo a importância do CO, passou a publicar periodicamente, com intervalos médios de dois anos, revisões sobre os temas de interesse dessa nova disciplina (Cummings, 1982; House & Singh, 1987; Ilgen & Klein, 1988; Mitchell, 1979; Mowday & Sutton, 1993; O'Reilly III, 1991; Rousseau, 1997; Schneider, 1985; Staw, 1984; Wilpert, 1995). Na revisão publicada em 1984, realizada por Staw (1984), o CO foi definido como "...um